sábado, 18 de julho de 2009

Coluna do Nirvana de Julho

A violência psicológica na escola: bullying



O bullying escolar é um comportamento agressivo, ameaçador, com intenção de amedrontar, praticado de forma frequente por um grupo de alunos contra outro aluno ou outro grupo de alunos. Insultos verbais, apelidos embaraçosos, ridicularização, tirania, exclusão do grupo, intimidar outras pessoas que queiram se socializar com a vítima, fofocas, manipulações, chantagem, críticas ao modo de se vestir, ao comportamento, à etnia, à opção sexual, religião, etc, fazem parte deste universo.
Infelizmente ainda pouco estudado, o termo se refere à bully (valentão em inglês). Este comportamento precisa ser denunciado e tratado na escola e na família, com ajuda de pedagogos, psicólogos, psiquiatras e, em certos casos, até da polícia, pois pode ter repercussões psicológicas e emocionais graves, inclusive suicídios.
O perfil da vítima, em geral, evidencia pouca habilidade para lidar com a situação de violência, algumas vezes apresentando baixa auto-estima e timidez. A violência resulta em fracasso escolar, abandono da escola, apresentação de doenças psicossomáticas e traumas. O agressor, por sua vez, é uma pessoa popular, tendo grande necessidade de auto-afirmação. Usando o grupo de amigos como escudo, sente-se protegido para intimidá-la. Pode desenvolver comportamentos delinqüentes e criminosos quando adulto.
Estudos revelam que as agressões acontecem em sua maioria nos pátios de recreio e nos corredores, ou seja, em momentos de pouco controle da autoridade. Recentemente, a internet tem sido utilizada para agressões (o chamado cyberbullying) em vista da facilidade de anonimato.
As testemunhas, outras crianças e adolescentes que assistem a este comportamento, em geral não o denunciam por medo, e no caso da internet, repassam a informação, não sentindo que com isso estão sendo igualmente agressoras.
O assunto é sério e deve ser prevenido, com os professores discutindo o assunto com os alunos, esclarecendo que este comportamento não é normal, promovendo atitudes de cooperação, solidariedade e respeito mútuo, e facilitando a comunicação. Os pais precisam ficar atentos às mudanças de comportamento dos filhos, estabelecer com eles uma relação de confiança e procurar ajuda sempre que necessário.
E a sociedade como um todo precisa desenvolver uma cultura de paz.

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