quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

Biblioteca Estadual Anísio Teixeira





O encontro com as crianças e os "ilustres ilustradores" Sandra Ronca e Maurício Veneza foi muito interessante.
Maurício Veneza falou sobre seus livros e deu mil dicas de como ilustrar...

Sandra Ronca falou sobre seus livros e mostrou como cria suas ilustrações...

Eu contei como foi criar a história de "O menino, o cachorro", e como é o processo de publicar um livro...Jocilda Fritzen, Regina (bibliotecária da BEIAT), Sandra Ronca, Maurício Veneza, Mônica Martins, eu e Felipe Bibian.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Encontro literário

Encontro na Biblioteca do Campo de São Bento dia 27/11, às 14 horas: Maurício Veneza, Sandra Ronca e eu.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PNBE


"O acesso à cultura e à informação e o incentivo à formação do hábito da leitura nos alunos, nos professores e na população são os principais objetivos do Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE. É por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência que o Ministério da Educação apoia o cidadão no exercício da reflexão, da criatividade e da crítica." (site do Ministério da Cultura)


O meu livro "O menino, o cachorro" foi selecionado para fazer parte do programa em 2010!!!!!


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nossa vida de adulto

Outro dia, estava pacientemente na fila do banco, quando observei a seguinte cena: duas crianças, de aproximadamente três e cinco anos, brincando livres, correndo e gritando no espaço amplo do banco, enquanto a mãe, sentada, esperava para falar com o gerente.
As crianças acharam algo divertido: no meio daquele “pátio”, havia uma mesinha alta de mármore, para preencher cheques. Perfeito para novas brincadeiras.
Começaram a se pendurar nela, corriam e voltavam a se pendurar.
Após alguns minutos, o guarda do banco perguntou à mulher se ela era a mãe das crianças. Falou de certa distância, de modo que todos escutaram o diálogo. Ela fez que sim com a cabeça, assustada como se tivesse sido pega em flagrante. Ele, então, disse: “A mesa não está presa no chão, pode cair em cima das crianças”.
A mãe, constrangida, gritou com elas. A menor pareceu não entender, mas achou prudente se afastar, e foi fazer um trenzinho de cadeiras atrás de uma senhora que também esperava para falar com o gerente.
A maior, olhando para a mãe, pendurou-se novamente e levou um tapa.
Seu choro ecoou pelo banco, e pude notar a expressão das pessoas que assistiam à cena: alguns se irritaram por já estarem numa situação desagradável de espera e ainda ter que ouvir choro de criança, outros repreenderam a mãe com o olhar, talvez pensando que banco não é lugar para se levar criança, outros comentavam entre si: criança é fogo... Todos com ar de “nós, adultos, sabemos o que estamos fazendo”.
Comecei a pensar no que isto significa. Não estou falando no fato real, é claro que as crianças precisam ser protegidas do perigo. Estou falando do mal estar que se formou.
A mãe deve ter reagido com agressão porque também se sentiu agredida: pelo guarda, pelas pessoas que olhavam, pelas próprias crianças que não “sabiam se comportar”.
As crianças correm e deslizam pelo chão brilhante do banco, gritam para ver se faz eco, balançam a caneta que fica pendurada naquela cordinha, ficam impacientes com a demora e demonstram isto.
Poderiam fazer isso num parquinho, e não incomodar ninguém. Mas fazem isto num ambiente de adultos, e nos atrapalha.
. Aí me lembrei da história do rei nu.
A criança a todo momento nos mostra como somos incoerentes, como fazemos nosso dia a dia ficar chato, preso a conveniências e hipocrisias. E ela inunda tudo isto com vida, risos, rebeldia. Correndo pra lá e pra cá, como causa inveja aos nossos corpos flácidos e obedientes, um atrás do outro! Como sua alegria ofende nossa ordem!

Bem, depois disso, chegou minha vez e fui interrompida nos meus pensamentos. Mas ficou na minha cabeça uma dúvida: sabemos mesmo o que estamos fazendo?

sábado, 18 de julho de 2009

Coluna do Nirvana de Julho

A violência psicológica na escola: bullying



O bullying escolar é um comportamento agressivo, ameaçador, com intenção de amedrontar, praticado de forma frequente por um grupo de alunos contra outro aluno ou outro grupo de alunos. Insultos verbais, apelidos embaraçosos, ridicularização, tirania, exclusão do grupo, intimidar outras pessoas que queiram se socializar com a vítima, fofocas, manipulações, chantagem, críticas ao modo de se vestir, ao comportamento, à etnia, à opção sexual, religião, etc, fazem parte deste universo.
Infelizmente ainda pouco estudado, o termo se refere à bully (valentão em inglês). Este comportamento precisa ser denunciado e tratado na escola e na família, com ajuda de pedagogos, psicólogos, psiquiatras e, em certos casos, até da polícia, pois pode ter repercussões psicológicas e emocionais graves, inclusive suicídios.
O perfil da vítima, em geral, evidencia pouca habilidade para lidar com a situação de violência, algumas vezes apresentando baixa auto-estima e timidez. A violência resulta em fracasso escolar, abandono da escola, apresentação de doenças psicossomáticas e traumas. O agressor, por sua vez, é uma pessoa popular, tendo grande necessidade de auto-afirmação. Usando o grupo de amigos como escudo, sente-se protegido para intimidá-la. Pode desenvolver comportamentos delinqüentes e criminosos quando adulto.
Estudos revelam que as agressões acontecem em sua maioria nos pátios de recreio e nos corredores, ou seja, em momentos de pouco controle da autoridade. Recentemente, a internet tem sido utilizada para agressões (o chamado cyberbullying) em vista da facilidade de anonimato.
As testemunhas, outras crianças e adolescentes que assistem a este comportamento, em geral não o denunciam por medo, e no caso da internet, repassam a informação, não sentindo que com isso estão sendo igualmente agressoras.
O assunto é sério e deve ser prevenido, com os professores discutindo o assunto com os alunos, esclarecendo que este comportamento não é normal, promovendo atitudes de cooperação, solidariedade e respeito mútuo, e facilitando a comunicação. Os pais precisam ficar atentos às mudanças de comportamento dos filhos, estabelecer com eles uma relação de confiança e procurar ajuda sempre que necessário.
E a sociedade como um todo precisa desenvolver uma cultura de paz.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mais imagens do Salão do Livro Infantil e Juvenil

No coquetel da AEILIJ, eu, Flavia Cortez e Sandra Ronca.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Encontro no Salão


Eu, Sandra Ronca e Jô Oliveira. Lá no fundo, Pedro Bandeira.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

Quantos livros você já leu?

- Nenhum.
- Você nunca leu nenhum livro?!?
- Não.
- Nem os que a professora manda?!?
- Ah, da escola eu já li três.”

Eu trabalho com Oficina de Leitura, e este diálogo é muito comum ter com adolescentes nos primeiros contatos. Sempre me intrigou por que é que eles não levam em conta o livro solicitado pela escola.
Talvez o adolescente esteja considerando o ato da leitura de um livro literário como algo espontâneo, ele vai à estante, pega um livro e lê, sem nenhuma cobrança, sem ninguém mandar. Talvez veja outros adolescentes que façam isso (sim, eles existem!) e vislumbre o misterioso e inatingível mundo da leitura, que muitos falam, mas que ele não faz parte. Então, tem seu lado bom: ele está associando leitura com prazer, embora seja incompreensível para ele como alguém consiga isto.
O lado ruim é que, decididamente, para este adolescente a escola não está cumprindo o papel de introdução a este mundo. É possível inclusive que esteja até afastando-o mais da leitura. Os motivos são muitos: livros inadequados para a faixa etária, de má qualidade, longe do interesse dele como ser em particular, cobranças da leitura, verificações de gramática, discussões ocas, falta de um histórico de leituras anteriores, etc.
Se após a leitura houver uma prova de verificação, já se está encarando o livro como um remédio muito ruim que precisa ser engolido.
A apreciação da obra de arte literária (como de qualquer outra obra) deve ser gratuita. Faz parte da obra interagir com as experiências de cada leitor, transformando-o. Então, obviamente, cada leitura é única. Descobrir estas possibilidades torna o ato de ler muito rico. Se o professor encarar a leitura como algo agradável, falar com entusiasmo sobre o livro, admirar os recursos que determinado autor usou para conquistar o leitor, entender o contexto em que aquela obra foi criada, envolver-se com a história, então fica mais fácil fazer com que o adolescente penetre neste mundo.
Eis um caminho para a escola trilhar.

Tatiana Belinky




Fui ao lançamento do livro 'Quem é que manda", da Tatiana Belinky, na Livraria da Vila. Grande escritora, grande pensadora da literatura infantil...Completou 90 anos de uma vida riquíssima em produção para crianças.


Ela não é uma fofa?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O papel do professor particular

Coluna de abril do Jornal Nirvana:

Achei a época oportuna para falar sobre esta figura tão solicitada somente no final do ano, ou, com sorte, após os resultados das provas bimestrais.
Está claro que o professor particular não faz milagres. Muitos deles se queixam dessa procura tardia, porque sentem que o aluno poderia aprender melhor se tivesse mais tempo e menos pressão. Como colocar alguma coisa na cabeça de uma criança ou adolescente, que já vem sem os conhecimentos anteriores necessários para aquela matéria (e quanta matéria!), muitas vezes com baixa autoestima, preocupado com a prova do dia seguinte, ou até indiferente, camuflando o medo de mais um fracasso? Nestas condições tão adversas, a aula particular até funcionaria se a dúvida fosse pontual, ou se na verdade faltasse apenas organizar ou se sentir mais seguro diante do conhecimento já adquirido da escola.
Mas nem sempre é assim. Muitos alunos se conformam em não entender algumas palavras, não perguntam, não vão ao dicionário. Consideram a matéria algo fora de suas vidas e quanto mais rápido se livrarem dela, melhor. Não sentem que são eles os responsáveis por sua própria aprendizagem. É como se engolissem a matéria, para despejá-la na prova.
No entanto, o que se espera da educação desses novos tempos, onde a informação é fácil e farta, é que ele seja capaz de selecionar o que importa, questionar, fazer ligações com outros assuntos, aplicar na sua vida e produzir novos conhecimentos.
O professor particular é aquele que está ao lado do aluno que, por qualquer motivo, precisa de mais tempo, mais atenção, um tipo de explicação diferente, uma orientação. Não há problema nenhum nisso: cada um tem seu jeito e seu momento de aprender. O verdadeiro educador não quer que o aluno dependa dele, e sim quer que ele aprenda a aprender, para que caminhe com suas próprias pernas. Por isso é importante avaliar o momento adequado de se contratar um auxílio necessário e valioso para uma aprendizagem tranquila. Talvez o momento certo seja agora.

terça-feira, 3 de março de 2009

Ana Clara lendo!!!!




Cacaia lendo sozinha "O menino, o cachorro"!!!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Adapte-se...

Artigo de março do Jornal Nirvana!


Esta é a época de adaptação. Primeira escola, escola nova ou, pelo menos, nova turma. A primeira ideia que se tem é que a criança é quem tem que se acostumar à escola, aprender e seguir as normas. Quando ela “ficar transparente”, isto é, não chorar mais, não “aparecer” mais, não “der mais trabalho”, não “protestar” mais, está decretado que ela está adaptada. Será mesmo assim?
Fui olhar no dicionário. É um exercício interessante descobrir o significado verdadeiro de palavras que usamos cotidianamente. Adaptar, segundo o Michaelis, é “ajustar uma coisa a outra, combinar, encaixar, justapor.”
Então, teremos uma visão totalmente diferente da adaptação da criança na escola. Ela é um ser único, que está entrando em um novo círculo social que deve também se moldar para recebê-la. Ela precisa se ajustar a esta nova realidade, claro. Mas a escola também tem que se ajustar a esta nova criança, para que combinem. Penso nas peças do jogo Lego: é impossível encaixar uma peça se a outra for lisa. É preciso considerar que os dois lados tem particularidades que devem se somar, e não anular uma em benefício da outra. Assim se constroem coisas novas, vivas, em constante mudança. Senão, é um mero trocar de “personagens”, mas o cenário, o roteiro, é o mesmo: uma construção ossificada.
Que estimulante será uma escola, um ambiente de aprendizagem e convivência, cujos funcionários e professores também sentirem um “friozinho na barriga” no primeiro dia de aula, também pensarem se cada criança que vem chegando gostará deles, pensarem o que será que cada uma vem trazendo de novidade, de engraçado, de emocionante, de humano. Pensarem em como serão modificados por elas.
Deixei para o final a definição mais bonita do Michaelis para “adaptar”: “por em harmonia”. Não dá vontade de se adaptar logo?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Colégio Teresiano

No ano passado fui ao Colégio Teresiano, na Gávea, conversar com as crianças. Foi um encontro muito bom, cheio de perguntas interessantes. Para quem quiser ver as fotos:

http://www.teresiano.g12.br/teresiano/biblioteca/aut_simone.swf

Outra matéria minha que saiu no Jornal Nirvana

Esta é a da edição de fevereiro:

É tempo de planejar...

Após as festas de fim de ano, vamos colocando, aos poucos, a vida no lugar. Este finzinho de férias pode servir para uma reflexão sobre o ano que passou, o que deu certo e o que precisa ser melhorado na educação da criança. Ficamos satisfeitos com a escola? Se há alguma coisa pendente, é bom ter logo uma boa conversa com a nova professora, com a coordenação ou mesmo com a direção, dependendo do assunto. Aliás, o interesse pelo que a criança faz na escola e a participação em reuniões e festividades é importante no ano todo. A decisão de mudar de escola deve ser sempre bem pensada, pois em todos os lugares há prós e contras. Não existe “a” escola ideal, existe a escola que tem melhores condições para oferecer o que aquela criança em particular está precisando para se desenvolver plenamente, naquele momento de sua vida.
Na hora de escolher a nova escola, ou mesmo a primeira, os pais devem ter bem claro o que valorizam e o que pretendem. Família e escola devem ter princípios parecidos: conflitos confundem a criança.
Escolhida a escola, pode-se pensar no tempo livre da criança. Se ela apresentou dificuldades no ano anterior, é melhor ter logo um acompanhamento mais de perto, seja dos pais, seja de um professor particular. Deixar acumular matéria para só procurar ajuda um dia antes da prova é pouco produtivo. O melhor é mesmo garantir que a matéria está sendo entendida e as tarefas de casa estão sendo feitas, para se ter um ano tranquilo. Depois, é hora de pensar em outras atividades: uma outra língua, um esporte e/ou uma atividade artística como teatro, música ou desenho, que vão ampliar a forma de ver o mundo, melhorar a autoestima e o autoconhecimento. Essas atividades devem ser acima de tudo prazerosas e sem exageros, para que não se reproduza o estresse do mundo dos adultos. É fundamental que a criança tenha tempo para si, para brincar, para ser mais livre.
Tudo planejado, o ano que se inicia será de sucesso nos estudos, paz na família e felicidade para a criança!

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Mais um artigo

Posto aqui mais um texto que foi publicado no Jornal Nirvana. Este saiu em dezembro, mas, como ainda tem gente em férias...

Crianças em férias: socorro!


Todo ano a história se repete: o que fazer com as crianças em férias, a esta altura, já entediadas? Sem atividades interessantes, passam o dia na televisão ou no computador e se queixando, e os pais contando os dias que faltam para as aulas começarem e terem um pouco de paz... Ou então, atoladas de atividades extras, colônia de férias, viagens, e assim pais e filhos mal se vêem. Definitivamente, não são estas as férias ideais! O que fazer, então?
Se pensarmos em como nós, adultos, usamos o tempo, teremos algumas pistas: temos mil compromissos de trabalho, estamos sempre correndo, não temos tempo para nada... Mas se tivéssemos tempo livre, saberíamos o que fazer com ele? Talvez seja o momento de pensarmos se não estamos evitando ter tempo e dar tempo às crianças. Tempo para pensar, para olhar, para criar.
Quantas vezes paramos para ouvir o que a criança tem para nos contar, sem atender o celular, sem olhar o relógio, sem pensar na lista do supermercado e no relatório a ser entregue? Quantas vezes conseguimos levá-la ao parque, sem “aproveitar” e ir ao banco, “aproveitar” e ler o jornal?
Será que somos capazes de desacelerar, de nos permitir ter tempo livre? Estar, de verdade, no presente, com nós mesmos e com o outro?
Vivemos um tempo de relações descartáveis, com mil “amigos” no orkut, mas nenhum disposto a ouvir um desabafo ao vivo. Nossos prazeres são calcados no consumo: brinquedo do anúncio, caderno com a capa do artista estampado, o último modelo de celular. Acúmulo de informações que nos sufocam e que não digerimos. E ficamos com a sensação de “balão de gás”: parece que temos muito, mas não nos sentimos preenchidos, plenos.
Não paramos para pensar que os verdadeiros prazeres são simples, são de graça ou custam muito pouco. Ouvir de verdade. Olhar de verdade. Andar de mãos dadas com o filho, um sorvete no fim da tarde, jogar damas, brincar com água, fazer um bolo juntos, ver fotos antigas da família, ler uma história na hora de dormir. Sentar no chão. Rir. Jogar conversa fora. Não fazer nada. É isso que nos aquece o coração, nos faz entender o valor que as coisas realmente têm. E voltamos das férias descansados, felizes, renovados, cheios de histórias para contar e muito mais próximos dos filhos. Conviver não enjoa, porque o encontro sem script é sempre novidade. A diferença é estar, de corpo e alma, com a criança. Isso sim, fará novo o Ano Novo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Matéria do Jornal Nirvana

Estou escrevendo uma coluna mensal para o Jornal Nirvana, e está sendo uma experiência ótima.
Esta foi a primeira:

O “não” na educação da criança


Basta um passeio ao shopping ou à praia, e é fácil acharmos algum pai ou mãe e seus filhos em “plena guerra”: crianças indiferentes aos apelos dos pais, ou chorando, e pais perdendo a paciência. Como fazer a criança obedecer? Por que elas teimam em fazer tudo ao contrário do que falamos para elas?
Se lembrarmos da nossa própria infância, geralmente obedecíamos com um olhar mais severo, ou um tom de voz mais elevado. Por que isso não funciona mais?
Porque a relação entre pais e filhos de hoje é diferente. Nenhum pai quer que seu filho o tema, nem que o obedeça cegamente, como que adestrado. Quer filhos saudáveis, alegres, criativos, autônomos. Procuram explicar o porquê do não. Não querem ser autoritários. Mas ainda assim, acontecem os impasses.
O assunto é complexo, porque definitivamente educar dá trabalho. E muito.
Quando chegamos em casa após um dia exaustivo, e vem a criança nos abraçar, como dizer “não” se ela nos pede um doce antes do jantar? Por medo da criança não gostar mais de nós, ou por sentimento de culpa, ou por cansaço mesmo, acabamos por deixar a árdua tarefa de impor limites para a escola, a babá, a avó.
Porém, a referência principal da criança são os pais. E a criança vai testando para saber até onde pode chegar. Acontece que nossa sociedade está repleta de valores incompatíveis: impunidade, injustiças, “vencer a qualquer preço”. Deve-se ser “bonzinho”ou “esperto”, estimular a competitividade ou a cooperação?...Os pais ficam perdidos. Se algo hoje pode, amanhã não pode, depois de amanhã pode só um pouquinho, como a criança vai conseguir formar o conceito do “não”? Essa inconstância gera ansiedade e agressividade.
Os pais precisam ter claro quais são seus próprios valores para poder transmiti-los aos filhos. Também precisam assumir o papel de educadores e saberem que nem sempre serão agradáveis: escovar os dentes ou ir à escola são atividades que não estão em discussão se devem ser feitas ou não.
Regras simples e claras, explicadas à criança no seu nível de entendimento, ouvi-la de verdade, ter paciência para repetir tudo de novo e saber que é um ato de amor prepará-la para ir aceitando os limites. Ela vai conviver melhor com as pessoas, aceitar as diferenças, não desistir de seus ideais na primeira dificuldade. A vida é pontilhada de “nãos”: aprender a lidar com a frustração vai fazer da criança um adulto mais feliz.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Contação de Histórias no Espaço Tatiana Belinky




Estive com Sandra Ronca no Espaço Tatiana Belinky,a convite da Mônica Martins, organizadora do evento e do espaço, para contar histórias e falar sobre meu livro.

Aí estou eu, com as crianças. Uma delícia ver a carinha deles!As fotos saíram meio tremidas. Será defeito da máquina ou emoção?

Espaço Tatiana Belinky


Sandra com seu livro "Coitada da Raposa", e a Mônica sentada lá no cantinho.

Vocação

Conforme prometido, aí está o curta do Felipe: